O percurso de Alieu na função pública abrange um período de dez anos; começando em Janeiro de 2008. Incluiu um período no então Gabinete do Orçamento, uma entidade autónoma, até esta ser absorvida no Ministério das Finanças e do Planeamento do Desenvolvimento (MFDP). No MFDP, Alieu ocupou vários cargos, a saber o de Assessor Técnico do Vice-Ministro das Finanças para o Orçamento (de Outubro de 2011 a Setembro de 2012) e de Director do Pilar da Paz, Segurança, Justiça e Estado de Direito no Departamento do Orçamento (de Outubro de 2012 até Setembro de 2014). Foi durante o seu mandato na qualidade de Ministro Adjunto da Despesa na Direcção do Fisco, uma pasta que ocupou desde Setembro de 2014 até Janeiro de 2018, que encetou a desafiadora reforma da política de deslocações da função pública.
Depois de ser nomeado Ministro Adjunto em 2014, o Alieu assumiu a reforma do subsídio de deslocação como uma das suas principais prioridades durante o seu novo mandato. A reforma das deslocações ao exterior tinha o duplo objectivo de reduzir o incentivo de viajar para o exterior e a despesa para o orçamento do Estado. Em 2009, a resistência dos funcionários que eram os principais beneficiários das elevadas ajudas de custo foi um obstáculo às tentativas de reforma que inicialmente foram recebidas com relutância e reservas.
Todavia, as crescentes pressões económicas decorrentes da crise do Ébola e a queda dos preços dos recursos naturais impulsionaram as reformas para a redução das despesas. Nesse contexto, Alieu criou uma equipa composta de quatro funcionários da unidade de reforma, da unidade de gestão de tesouraria e do IFMIS para dar alento ao seu objectivo de mudança. De acordo com Alieu: “esta foi uma reforma difícil … passados alguns meses de esforços sustentados, comecei a pensar que reforma não ia a lado nenhum. Quase desisti em Julho de 2014, quando a presidente fez uma viagem sem aplicar as ajudas de custo modificadas que eu havia sugerido. Para mim, este foi o teste, e falhou”. Não obstante a resistência e os contratempos, o Alieu e a sua equipa conseguiram levar a reforma a bom porto.
NB: A CABRI pretende documentar outras experiências de GFP em África. Queira partilhar a sua proposta com Awa Touray (Awa.Touray@cabri-sbo.org)